A dependência em jogos eletrônicos está basicamente vinculada ao sexo masculino, principalmente jovens. Com o avanço da tecnologia e jogos cada vez mais interativos, essa dependência é cada vez mais estimulada. Com o advento dos jogos online conectados via internet e com vários jogadores houve um aumento dessa “necessidade” de estar conectado e consequentemente um detrimento de atividades do cotidiano.
Os jogos atuais acontecem o tempo todo, mesmo enquanto está dormindo, estudando, etc. Outro dado interessante é de que os jogos atualmente são desenvolvidos baseados em pesquisas de necessidades do ser humano e portanto são muito envolventes e excitantes.
A dinâmica dos jogos visa gerar um nível baixo de frustração e também um sistema de gratificações que tem como objetivo manter a continuidade do jogo. São necessárias muitas horas de jogo para se tornar um jogador com muita experiência.
A conexão com outros jogadores também cria um relacionamento, uma espécie de “irmandade”. É uma forma de ser reconhecido e valorizado pelos amigos. Estar conectado passa a ser uma prova de amizade.
Os principais sintomas de dependência são:
- O “jogar” é a atividade predominante e mais importante. O pensamento fica absorto no mundo dos jogos.
- Ansiedade e irritação provocada pelos jogos. Em contrapartida pode haver alívio quando por exemplo uma fase difícil é superada.
- Aumento da necessidade de jogar em períodos cada vez maiores.
- Retornar rapidamente ao padrão e frequência de jogar após períodos de abstinência.
- Em casos extremos, o uso demasiado intenso pode levar o corpo a exaustão e até a morte.
- A pessoa pode desenvolver a Síndrome da Disfunção Lacrimal, o “olho seco”. A redução no número de piscadas diminui a lubrificação do olho. Pode ocorrer ainda o embaçamento dos olhos, fotofobia e sensação de peso nas pálpebras.
- Hiperventilação (respiração muito rápida). Em crianças que sofrem de epilepsia podem ocorrer crises convulsivas.
- Utilizar os jogos como “meio de fuga” dos problemas reais do cotidiano.
Em relação aos jogos violentos, estimulam a agressividade das crianças e jovens na vida real. Porém, na maioria dos casos já há uma predisposição ligada a outros fatores para que esta agressividade se manifeste.
